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De março a março - o caminho para a construção da nossa política de cuidados.

· cuidado

Uma das primeiras decisões mais difíceis em que colocamos o cuidado no centro foi no dia 12 de março de 2020. Dois dias antes do dia em que se completariam 2 anos sem Marielle e Anderson.

Naquele final de semana realizaríamos a segunda edição do Festival Justiça por Marielle e Anderson. Passagens estavam compradas para trazer artistas de todo o país, a estrutura do palco estava começando a ser montada na Praça XV, dezenas de voluntárias já estavam mobilizadas,... e a notícia chegou: a pandemia de COVID-19 era uma realidade no Brasil, ninguém sabia o que isso significaria, mas as recomendações eram que todos que pudessem ficassem nas suas casas por duas semanas.

Reunidas na sempre acolhedora casa de Marinete e Toinho, pais de Marielle e Anielle, e conselheiros fundadores do Instituto Marielle Franco, tristes por não podermos realizar esse grande grito por justiça com dezenas de milhares de pessoas que eram esperadas para aquele dia, tomamos a decisão: o Festival Justiça por Marielle e Anderson foi cancelado.

 

A publicação no Instagram dizia:

“O Brasil registrou hoje mais de 70 casos. (....) O número de pessoas contaminadas com o vírus nos próximos dias, deverá ser muito maior do que a quantidade de leitos disponíveis nos hospitais. (...) Serão as pessoas mais pobres, em geral mulheres, pessoas negras e moradoras de favelas e periferias que estarão mais vulneráveis ao vírus que ainda não tem vacina.

Marielle passou a sua vida lutando para defender a vida de todas as pessoas, principalmente dessas pessoas que não têm os seus direitos garantidos.

Pensando nisso e na nossa responsabilidade enquanto Instituto Marielle Franco de não aumentar o risco de contaminação, que decidimos alterar a programação do nosso Dia de Ações por Marielle e Anderson, cancelando as atividades que reuniriam grandes quantidades de pessoas.”

A partir de março de 2020, o “cuidado” se tornou palavra de ordem no mundo inteiro. Ao mesmo tempo, vivendo em um país onde o governo trabalhava ativamente contra as medidas de cuidado, a demanda para organizações e movimentos da sociedade civil centradas nas populações mais vulneráveis ganhou dimensões nunca antes vistas. Com milhões de brasileiros desempregados, o país voltou ao mapa da fome, e de imediato, dezenas de redes de solidariedade e resistência organizadas por lideranças coletivas, na sua maioria femininas negras e periféricas, foram levantadas para garantir o básico: comida na mesa e o direito de se proteger da doença.

Esse também foi o ano do assassinato de George Floyd, Beto Silveira, e tantas outras vidas negras perdidas para o genocídio em curso há séculos. Com medo de ir às ruas mas sem aguentamos mais ver a população negra e periférica morrer de tiro, de COVID ou de fome, nos somamos aos movimentos que puxaram os primeiros protestos no Brasil durante a Pandemia, nos meses de junho e julho para denunciar que ficar em casa não era uma opção e que não estávamos todas no mesmo barco.

No segundo semestre, como se já não tivesse sido um ano difícil o suficiente, aconteceram as primeiras eleições municipais sem Marielle. Botamos na rua uma série de ações para mover as estruturas do sistema político e pautar o debate a partir do legado da Mari, e mais uma vez, organizadas com as mulheres negras, nos reunimos com as maiores autoridades da justiça eleitoral brasileira para demandar o mínimo: condições justas de participação para candidaturas negras.

Para passar por tudo isso sem nos perdermos, foi necessário construirmos ao longo da caminhada, com um passo de cada vez, estratégias e ações de cuidado que dessem conta dos desafios que se impunham.

Com o objetivo de institucionalizar nossa intenção, no segundo semestre de 2020 criamos a área de Sustentabilidade e Cuidados Coletivos do Instituto, que junto com as áreas de Incidência e Comunicação formam nosso tripé de atuação. Durante esse primeiro ano do Instituto como equipe, o desafio da área de Sustentabilidade e Cuidados Coletivos ainda era muito o de arrumar a casa, já que o Instituto existia legalmente desde 2018, mas sem equipe remunerada, e muita coisa precisava ser organizada.

Nas escutas que fizemos com provocadoras e conselheiras entre abril e setembro de 2020 confirmamos a importância da centralidade do cuidado e colhemos muitas inspirações e ideias a respeito dos próximos passos que deveríamos dar nesse sentido.

Realizamos uma imersão em novembro com o objetivo de alinhar a energia depois de meses tão turbulentos e avançar no nosso planejamento estratégico, mas era tanto assunto que não conseguimos aprofundar na nossa tão desejada “Política de Cuidados”.

No mesmo período, Toinho, foi internado com COVID-19, causando grande apreensão em todas, e nos fazendo refletir profundamente sobre a urgência e a relevância das medidas de cuidado e de preservação dessa memória viva que é a família, em especial o pai e a mãe de Marielle. Tudo aconteceu justo nos dias em que se completavam 1000 dias sem Marielle e Anderson. Foram semanas de muito medo até que Toinho recebeu alta.

Optamos por realizar um recesso de fim de ano de um mês, garantindo para a equipe um tempo de qualidade para a reenergização (política que seguiu vigente nos anos de 2021 e 2022).

Na volta do recesso, em janeiro, nossa Gestora de Incidência, foi internada com COVID-19, iniciando o nosso ano com mais medo e preocupação.

Em março de 2021 a pandemia completou um ano e o assassinato de Marielle e Anderson três. Realizamos o segundo #MarçoPorMarielle enquanto equipe. Dessa vez digital desde o início, com centenas de ações individuais espalhadas pelo Brasil. Mais uma vez vivemos a experiência de um mês de campanha intenso, com muitas ações e emoções.

Ao final de março de 2021 sentimos coletivamente que estávamos chegando nos nossos limites pessoais e profissionais. Resolvemos então realizar o que chamamos de Imersão de Respiro. A ideia era começarmos tirando 10 dias de recesso coletivo em abril, para que pudéssemos descansar e recuperar as energias e depois entrar nas semanas seguintes focadas em olhar para dentro da organização para avançar no planejamento estratégico, priorizando tempo para conversas e debates internos.

Resolvemos iniciar na primeira semana de debates com o tema dos Cuidados Coletivos, justamente por tudo que havíamos passado nesse ano tão duro e para que conseguíssemos começar a alinhar nosso entendimento sobre o tema e materializar quais as políticas de cuidados queríamos implementar.

Na primeira sessão, falamos entre nós sobre o que entendemos por “cuidados coletivos” e o resultado do debate pode ser lido neste outro post.

Na segunda sessão, mergulhamos finalmente nas referências que conseguimos mapear sobre o tema, que também podem ser acessadas neste outro post.

Na terceira sessão começamos a escrever e materializar as nossas políticas de cuidados coletivos.

O processo se estendeu por algumas semanas dado que precisávamos estudar maneiras de viabilizar as políticas e de realizar todas elas da melhor forma. Mas enfim, chegamos a primeira versão de um documento de políticas de cuidados, um documento interno, em constante atualização e que trata de tópicos como remunerações e direitos trabalhistas; compensações e folgas; desenvolvimento pessoal e profissional; gestão de trabalho e ferramentas; carga horária e rotinas coletivas e individuais, entre outras políticas que vamos revisitando e acrescentando ao longo do caminho.

 

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